sábado, 23 de outubro de 2010

fechadura.


O teu olhar, é tão perfeito quando vejo lá o meu reflexo, e faz-me sentir parte de ti.
E assim, sei que vou ter bons sonhos, sonhos calmos e com paz.
Guarda direitinho, esconde, se possível, não perde o que te dou todos os dias.
Não perde a chave da minha alma e do meu coração.
Abre quando tiveres saudades e fecha quando alguém quiser espiar.
Se apodera dela e faz jus ao meu amor.
Me ama, mesmo quando a chave estiver perdida.
E se isso acontecer, olha pela fechadura mas sempre seja meu.
Seja meu.

Varal do amor.


A gente se encaixa.
A gente se combina.
E quando a paixão nos invade, são rosas perfumadas, com o nosso próprio perfume...
São roupas estendidas no varal com cheiro de lavanda e um vento bem delicado espalhando esse perfume pelo mundo.

* é assim que te amo.

Sempre.


Vontade de viver ao teu lado pra sempre.

Amar amando...


Porque amar e ser amado é das melhor, senão a melhor, sensação do mundo.
E eu amo, amo muito.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um big big de amor.

O amor é assim: vem pequeno, colorido, instigante, refrescante, você prova, sente o gostinho doce, gosta e mastiga.
E Mastiga mais.
Ai depois você cola embaixo da carteira e o junta a vários amores que, também, perderam o sabor.

* esse post é em homenagem a um amigo, Cleyton Cabral, que me desperta criatividade.

Amor de elevador.



Três lances de escada. Maldita palpitação no peito. Mãos segurando o coração. Mãos frias. Coração quente. Sim eu sei. Esse ditado me parece falho.Pouso os olhos na parede. Verde água. Pálida assim como eu. Subo em ritmo lento, as pernas relutam. Se não fosse pelo pavor sufocado que guardo no fundo, bem no fundo do meu armário de diferanças, eu certamente usaria o elevador.
Já tive a prova concreta que meu coração se partiria ao meio, se por mero acaso te encontrasse lá dentro, menino do 10º andar. Sou totalmente incapaz de imaginar eu, você e todas as nossas diferenças dentro de um elevador. Aposto que roubaria um beijo teu. Aposto.
Desisto de enfrentar minha mente quando entro arrastando o corpo moído dentro do apartamento. O cheiro de café fresco me invade os sentidos. Corro para a cozinha. Desligo os sentidos no momento em que o café percorre minha garganta seca. Deixo o aroma tocar a palidez involuntária de minhas bochechas. Me esquenta até a alma.
Num instante qualquer em que brota dos meus olhos uma certa paz de espirito, um certo aconchego demorado, escuto a campainha.
Abro a porta e lá está você. Dentro da minha imaginação. Não. Você é mais real agora parado na minha porta. E tão lindo. Que é de doer qualquer pedaço do meu corpo que ainda pareça vivo. Pedi que entrasse. Ofereci café. Um sorriso deixei ali preso no canto da xícara. Reconhecia teu rosto, nas lembranças de meus pensamentos. Perdia o foco. Faltavam letras para somatizar frases que exprimia perto de ti. Mas nossos olhares se cruzavam entre um gole e outro de café. Da sacada notava-se o sol quente do meio-dia. Carros deslizando frenéticos. E numa dança qualquer você, eu e a caféina assombrando o ritmo das coisas obvias. Era apenas nós dois e um monte de bobagens românticas, daquelas que você ri de si própria quando está sozinha. Uma conexão secreta de um amor mal resolvido jogado ao esquecimento entre um riso e uma dor.
E teve aquele toque que rima com o beijo desejado de forma surreal. E nós grudados no parapeito de um prédio, onde a única saída seria pular para o próximo capítulo. Ou então vivenciar cenas de um filme romântico francês, brega e barato. Eu nunca desenhei cenas de um amor inconsequente de elevador. Nem planejei te encontrar nas páginas deste filme irreal. Agora por favor me espere no capítulo final. Tem café quente e coração gelado pra servir com sal.

* texto , delicamente, extraído do Blog Um lugar ao Sol, perto do Vento, escrito por Ju Fezetto.
Obrigado por deliciar-me.